Incendeeeeeiaa Povo Católicoooo!!!
E aí? Já acendeu sua vela na porta da Igreja, dando a sua contribuição para o negrume das paredes? Já ameaçou incendiar o pé de um santo? Então esse post é pra você!
Acender velas é um hábito entre as mais antigas religiões conhecidas.
E nós, católicos, não fugimos à regra. Adoramos atear fogo em
bastõezinhos de cera e aumentar a emissão de carbono das nossas
paróquias. Pois bem… hoje você vai descobrir que sua vela não serviu de farol para as almas e nem tampouco serviu de pagamento para um santo que atendeu os seus pedidos. Mas se não é pra essas coisas que elas servem, então pra que é?
Nas celebrações, as velas são utilizadas em geral
para iluminar e dar destaque a determinados objetos litúrgicos,
enfatizando a sua importância, ou para representar o próprio Cristo, já que ele é a Luz que vence as trevas do nosso pecado (o Círio Pascal é um bom exemplo desta última função).
Mas e as velas que nós, leigos, acendemos? Não há
nada na doutrina que nos obrigue a fazer isso, mas é um verdadeiro
esporte católico! Em dia de finados toda boa paróquia tem, no mínimo,
um princípio de incêndio! Essas velas “particulares” têm um significado
bem diferente do que normalmente imaginamos: elas representam um sacrifício
(um voto) daqueles que as acendem. Hã???? Como assim? Não é uma luz
pra guiar as almas? Não… não é… você pode acender um holofote na porta
da paróquia que as almas não vão se achar por causa dessa luz.
Deus sempre aproveita os nossos sacrifícios (lembra? sacro/ofício =
trabalho santo) e os transforma em graças para nós e para toda a Igreja.
No Antigo Testamento, o sacrifício por excelência envolvia imolar e
queimar um bichinho, oferecendo-o a Deus. A fumaça que subia e elevava a
Deus o sacrifício feito, bem como os pecados, pedidos etc.
As velas têm um significado semelhante. Você deixa elas lá, se
consumindo no fogo, enquanto a fumaça se eleva aos céus. De certa
maneira, elas representam um sacrifício que você faz a Deus. E por meio
deste sacrifício é possível obter graças para você e para as pessoas
(vivas ou mortas) pelas quais você dedica as intenções das suas orações.
Desta forma sim, é possível tentar salvar alguma alma… mas não é por
causa da luz! E quando você faz isso diante de um santo, não muda nada.
Seu sacrifício chegará a Deus por meio da intercessão deste santo.
Ah… ok. Eu sei que você agora está achando que isso é meio
“sacrifício de preguiçoso”. Mas não é… acredite. Deus sabe aproveitar
as menores coisas que fazemos! Santa Terezinha é santa por conta de
suas pequenas ofertas!
Bem, ainda tem as velas que acendemos em casa para rezar. Essas têm um significado semelhante às utilizadas nas celebrações litúrgicas.
Ou estão lá para chamar atenção para a sacralidade de determinado
objeto ou para representar a luz de Cristo. Em geral, quando rezamos,
nos sentimos confortáveis em direcionar nossos pensamentos para uma
imagem (é humano… precisamos de coisas bem concretas na nossa frente),
e, nesses casos, uma vela acesa pode ser o símbolo de Deus que nos tira
das trevas, olha por nós e salva as nossas almas.
Por último, é importante entender que não devemos esperar nenhum tipo de resultado “mágico” por conta da vela!!! Mesmo que esteja abençoada! Uma vela benta é uma representação mais fiel da luz de Cristo. Mas os milagres não vêm dela!
Enfim. Agora que você sabe que não está guiando almas, nem
subornando santos, pode usar suas velas como verdadeiras ofertas a Deus.
E lembre-se de que as velas não são o único caminho! Faça como Santa
Teresinha e ofereça tudo, mesmo as menores coisas!
fonte: http://ocatequista.com.br/?p=2232
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