E aí gente,
Vou discorrer sobre esse tema porque parece que muita gente
(principalmente aqueles que tiveram acesso a um baralho de Tarô de
Marselha), fica intrigado com ele. Para desenvolvê-lo, utilizei-me do
trabalho do Professor Robert P. Lockwood. Nunca ouviram falar? Claro que
não… Historiadores sérios não são publicados na República Popular da
Banânia Petralha, e a academia brasileira tem tesão em palhaços
franceses e comunistas ingleses. Se o texto existe em português,
agradeçam a abnegados heróis tradutores, no caso em questão Marcos
Zamith – que Deus o proteja e dê força.
UMA LENDA FORJADA POR CATÓLICOS
Bem, antes de mais nada, temos que deixar claro que essa história da Papisa Joana, para qualquer historiador sério, não passa de uma LENDA.
E, acreditem, as fontes dessa história hodierna são totalmente
CATÓLICAS. Falo isso porque durante muito tempo os católicos acusaram
os protestantes de a haverem criado. Temos sempre que ser justos. Mas,
como tudo em relação aos protestantes, tem um “perhaps”: embora não tenham parido essa blasfêmia, foram eles que alimentaram-na, na sua obsessão em desacreditar a Igreja de Jesus.
E, para vergonha do povo católico, quem pôs fim nessa farsa foi um
estudioso calvinista. Digo vergonha porque um embuste católico foi
destruído pelas contradições internas do protestantismo. Caso típico de
males que vem para o bem.
O QUE CONTA A LENDA?
Falemos da dita “papisa”. Haveria sido entronizada no século IX. Era na realidade uma fábula, um fableau, que se agigantou e hoje é um ícone feminista e anticatólico
que rendeu dois filmes (um pior do que o outro). Olhem só no que pode
se tornar uma piada nas mãos de gente mal intencionada. Os gnósticos
transformaram-na em seu símbolo máximo, os protestantes a usam para
comprovar a corrupção do papado (acreditem, ainda hoje sua lenda é
contada nos cultos da vida) e os robôs positivistas do século XIX
fizeram dela a própria assaltante do ar.
Há um documentário da rede ABC NEWS que faz a dramatização da vida de
Joana, qualquer semelhança com “Lula – O Filho do Brasil” não é mera
coincidência. Advirto mais uma vez meus leitores: cuidado com a
linguagem midiática. Retomando: garotinha “inteligentérrima” entra para um convento disfarça de garoto.
Estudante brilhante, vai para Atenas, estudar com os maiores mestres
da Época. Mas a devoção de Joana não era maior que sua “aflição” e ela arruma um amante para “preencher o seu vazio”.
Nas
suas peregrinações acaba indo para “a casa dos monges devassos,
cardeais maquinadores, santos travestis, intriga, melodrama, corrupção e
violência”, como Roma é definida pela narradora. Vê-se o quanto esse
documentário é honesto e imparcial…
Joana a essa altura era conhecida como “João Inglês”, em virtude de
sua origem saxônica. Numa ascensão meteórica, logo se torna Secretária
Curial, Cardeal e é eleita Papa por aclamação em 855.
A farsa acabou durante uma procissão em que ela pariu uma menina.
O povo em fúria amarrou a agonizante papisa na cauda de um cavalo e a
apedrejou até a morte com seu corpo sendo arrastado por toda cidade.
Daí, por causa disso, a Igreja ficou maluca, perseguiu as mulheres, instituiu o celibato e queimou todo mundo nas fogueiras da inquisição. Pelo menos é o que dizem os gnósticos e protestantes.
No próximo post: a VERDADE por trás dessa lorota grotesca.
Este post foi um pedido da Jucerli Prestes. Mande o seu também!
Por Paulo Ricardo em 14/09/2011
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