7 de jan. de 2012

A Papisa Joana: Parte I – A Lorota

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E aí gente,

Vou discorrer sobre esse tema porque parece que muita gente (principalmente aqueles que tiveram acesso a um baralho de Tarô de Marselha), fica intrigado com ele. Para desenvolvê-lo, utilizei-me do trabalho do Professor Robert P. Lockwood. Nunca ouviram falar? Claro que não… Historiadores sérios não são publicados na República Popular da Banânia Petralha, e a academia brasileira tem tesão em palhaços franceses e comunistas ingleses. Se o texto existe em português, agradeçam a abnegados heróis tradutores, no caso em questão Marcos Zamith – que Deus o proteja e dê força.

UMA LENDA FORJADA POR CATÓLICOS

Bem, antes de mais nada, temos que deixar claro que essa história da Papisa Joana, para qualquer historiador sério, não passa de uma LENDA. E, acreditem, as fontes dessa história hodierna são totalmente CATÓLICAS. Falo isso porque durante muito tempo os católicos acusaram os protestantes de a haverem criado. Temos sempre que ser justos. Mas, como tudo em relação aos protestantes, tem um “perhaps”: embora não tenham parido essa blasfêmia, foram eles que alimentaram-na, na sua obsessão em desacreditar a Igreja de Jesus.

E, para vergonha do povo católico, quem pôs fim nessa farsa foi um estudioso calvinista. Digo vergonha porque um embuste católico foi destruído pelas contradições internas do protestantismo. Caso típico de males que vem para o bem.

O QUE CONTA A LENDA?

Falemos da dita “papisa”. Haveria sido entronizada no século IX. Era na realidade uma fábula, um fableau, que se agigantou e hoje é um ícone feminista e anticatólico que rendeu dois filmes (um pior do que o outro). Olhem só no que pode se tornar uma piada nas mãos de gente mal intencionada. Os gnósticos transformaram-na em seu símbolo máximo, os protestantes a usam para comprovar a corrupção do papado (acreditem, ainda hoje sua lenda é contada nos cultos da vida) e os robôs positivistas do século XIX fizeram dela a própria assaltante do ar.

Há um documentário da rede ABC NEWS que faz a dramatização da vida de Joana, qualquer semelhança com “Lula – O Filho do Brasil” não é mera coincidência. Advirto mais uma vez meus leitores: cuidado com a linguagem midiática. Retomando: garotinha “inteligentérrima” entra para um convento disfarça de garoto. Estudante brilhante, vai para Atenas, estudar com os maiores mestres da Época. Mas a devoção de Joana não era maior que sua “aflição” e ela arruma um amante para “preencher o seu vazio”.



Nas suas peregrinações acaba indo para “a casa dos monges devassos, cardeais maquinadores, santos travestis, intriga, melodrama, corrupção e violência”, como Roma é definida pela narradora. Vê-se o quanto esse documentário é honesto e imparcial

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Joana a essa altura era conhecida como “João Inglês”, em virtude de sua origem saxônica. Numa ascensão meteórica, logo se torna Secretária Curial, Cardeal e é eleita Papa por aclamação em 855.

A farsa acabou durante uma procissão em que ela pariu uma menina. O povo em fúria amarrou a agonizante papisa na cauda de um cavalo e a apedrejou até a morte com seu corpo sendo arrastado por toda cidade.

Daí, por causa disso, a Igreja ficou maluca, perseguiu as mulheres, instituiu o celibato e queimou todo mundo nas fogueiras da inquisição. Pelo menos é o que dizem os gnósticos e protestantes.

No próximo post: a VERDADE por trás dessa lorota grotesca.

Este post foi um pedido da Jucerli Prestes.  Mande o seu também! 

Por Paulo Ricardo em 14/09/2011 

 

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