Lamentavelmente a Rede Record de televisão que é
ligada a Igreja Universal do Reino de Deus e que tem como proprietário o bispo
Edir Macedo, mais uma vez agride caluniosamente a Igreja Católica em matéria
veiculada no dia 15/05/2011 em seu programa “Domingo Espetacular”. Neste
programa, injuriosamente afirmavam que o Vaticano apoiava a escravidão, o
tráfico negreiro e tortura aos escravos. Para tais afirmações, os mentores de
tamanha quimera não se envergonharam em forjar, distorcer fatos e utilizar-se da
má interpretação de documentos que em nada condizem com suas acusações.
A verdade
Naqueles tempos, os simpatizantes do tráfico
sugeriram que não contrariava os ensinamentos da Igreja porque não incidia sobre
“seres racionais” mas sim sobre uma espécie de “animais”. A Igreja recusou esse
argumento. Em 1537 o Papa Paulo III emitiu três decretos a proibir a escravatura
do Novo Mundo (decretos descobertos por historiadores há pouco tempo). No
primeiro, o Papa declarava que “os índios são homens de verdade” e,
portanto, “pela nossa Autoridade Apostólica decretamos
e declaramos… que estes mesmos índios e todos os outros povos – mesmo aqueles
que não partilham da nossa fé – não devem perder a liberdade e a propriedade… e
não devem ser reduzidos a escravos, e tudo o que se passar em contrário será
considerado nulo e inválido”. No segundo decreto
o Papa ameaça com a excomunhão qualquer pessoa, independentemente
de “dignidade, estatuto, condição, ou classe
social” que pratique a escravatura. A oposição da Igreja acabou
com a escravidão descarada dos índios, mas continuaram as práticas de
exploração. E os decretos papais não tiveram qualquer efeito no tráfego de
escravos africanos. (A Vitória da Razão, Rodney Stark, pg. 243).
Isto anula o falso argumento da “historiadora” do
programa, que afirmava que o que o Papa decretasse, era o que devia ser
feito.
Afirma BRAUDEL:
“O tráfico negreiro não foi uma invenção diabólica da Europa. Foi o
Islã, desde muito cedo em contato com a África Negra através
dos países situados entre Níger e Darfur e de seus centros mercantis da África
Oriental, o primeiro a praticar em grande escala o tráfico negreiro
(…)”(os grifos são nossos. BRAUDEL, 1989: 138).
Abaixo estão alguns frames da matéria caluniosa
da Record e nossa devida refutação:
Primeiro eles distorceram o contexto da bula “DUM
DIVERSAS”.
Na verdade essa bula jamais foi escrita para
apoiar a escravatura ou tráfico negreiro, essa bula foi escrita pelo PAPA
Nicolau V no intuito de preservar a fé apostólica contra os SARRACENOS, ou seja,
os muçulmanos que escravizavam os cristãos da Europa, essa bula nada tinha a ver
com o tráfico negreiro.
Documento oficial “Dum
Diversas” (publicada em 18 de junho de 1452 pelo Papa Nicolau V).
Através desta Bula, dirigida ao rei Afonso V de Portugal, o pontífice
afirma:
“(…) nós lhe concedemos, por estes presentes
documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir,
buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer
outros incrédulos e inimigos de Cristo”.
Sarracenos: (do grego
sarakenoi) era uma das formas com que os cristãos do Medievo designavam,
os árabes ou os muçulmanos. As palavras “islã” e “muçulmano” só
foram introduzidas nas línguas européias no século XVII.
Para entender o porquê o PAPA Nicolau V emite
essa bula, devemos adentrar na história e descobrir o que os mulçumanos faziam
aos cristãos na Europa: primeiramente, o tráfico negreiro era feito pelos
próprios negros dentro da África muitos séculos antes da chegada dos brancos
europeus à África, as tribos, reinos e impérios negros africanos praticavam
largamente o escravismo, da mesma forma as demais etnias muçulmanas. Estes eram
vendidos pelos próprios africanos, que tinham grandes mercados espalhados pelo
interior do continente, abastecidos por guerras entre as tribos com seqüestros
aleatórios.
Posteriormente os muçulmanos (“sarracenos”)
iniciaram o chamado “escravismo branco”, eles iam até a Europa buscar
principalmente os cristãos para escravizá-los com o total apoio africano. Isso
pode ser facilmente comprovado, por exemplo, com a descrição do “império de
Mali” feita pelo cronista muçulmano Ibn Batuta (1307-1377), um dos maiores
viajantes da Idade Média, e o depoimento de al-Hasan (1483-1554) sobre Tumbuctu,
capital do império de Songai. Fonte: http://www.ricardocosta.com/pub/imperiosnegros2.htm
O que precisamos entender é que esta Bula foi
escrita em uma época de perseguição muçulmana contra a cristandade e
Constantinopla estava sob ameaça de ataque. Na verdade ela foi escrita apenas um
ano antes dos muçulmanos derrotarem os cristãos bizantinos. Para um contexto
melhor, permitam-me informar que os invasores muçulmanos saquearam e pilharam os
cristãos por vários dias antes de dar aos sobreviventes poucas condições para a
sua subjugação. Então o papa autorizou a tomada de prisioneiros de guerra e o
seu encarceramento como pena de prisão perpétua por crimes contra a
cristandade.
“Dum Diversas” era uma bula
papal para seu tempo, mas de modo algum fomenta a escravidão. É simplesmente uma
autorização para atacar o inimigo agressor em uma “guerra justa” e tomar como
prisioneiros os salteadores e encarcera-los por seus crimes.
Infelizmente o programa da Record, além de omitir
tais fatos, distorce acintosamente a verdade com mera intenção de atacar a
Igreja Católica.
Abaixo, mais uma vez, omitindo o contexto dos
fatos, pinçou e fez uso de um trecho de outro documento que não se refere ao
tráfico negreiro. Eis o trecho pinçado:
O “Romanus Pontifex” foi mais
uma bula enviada pelo PAPA Nicolau V, contra os crimes muçulmanos diante da
cristandade, outra vez a emissora utiliza um documento contra os sarracenos sem
explicar para o telespectador quem são os sarracenos, enquanto desonestamente
insinua ser esta bula contra os africanos.
Confirma os historiador Manuel
Gonçalves: “A expansão portuguesa em direção a territórios
muçulmanos teve para a Igreja um caráter cruzadístico e foi incentivada e
legitimada pelo Papado através das bulas Romanus Pontifex (1455) de Nicolau V e
Inter Caetera (1456) de Calixto III”. Vide MARTINS,
Manuel Gonçalves. O Estado Novo e a Igreja Católica em Portugal (1933-1974). p.
1.)
O repórter também caluniava que os negros eram
capturados e levados a uma igreja católica, batizados e desembarcados. Puro
embuste deste que não honra a própria profissão, preferindo fazer eco a falácias
para agradar seu patrão. A Igreja Católica jamais teve parte na captura de
africanos, os que abraçaram o evangelho de Jesus Cristo na religião católica o
fizeram por iniciativa própria, como determina ser feito o Papa Paulo III, na
Bula “Veritas Ipsa”, de 09-06-1537, omitida pela repórter:
“Paulo Papa Terceiro, a todos os fiéis
Cristãos, que as presentes letras virem, saúde e bênção Apostólica. A mesma
verdade, que nem pode enganar, nem ser enganada, quando [Jesus] mandava os
Pregadores de sua Fé a exercitar este ofício, sabemos que disse: Ide, e
ensinai a todas as gentes. A todas disse, indiferentemente, porque
todas são capazes de receber a doutrina de nossa Fé.(…)
(…) determinamos e declaramos que os
ditos índios, e as demais gentes hão de ser atraídas, e convidadas à
dita Fé de Cristo, com a pregação da palavra divina, e com o exemplo de boa
vida. E tudo o que em contrário desta determinação se fizer,
seja em si de nenhum valor, nem firmeza; não obstante quaisquer cousas em
contrário, nem as sobreditas, nem outras, em qualquer maneira. Dada em
Roma, ano de 1537 aos 9 de junho, no ano terceiro do nosso
Pontificado.”
Adiante, dos escritos do padre Antonio Vieira, o
repórter da Record pesca dois pequenos trechos de seu contexto e tenta macular a
imagem do padre, querendo dar a entender que aquele fomentava a escravatura no
Brasil, quando na verdade o padre Antonio Vieira, grande defensor dos africanos,
estava apenas dando um conforto espiritual para aquela gente sofredora, sem paz
e sem Deus, perseguida e negociada pelos próprios patriotas desde sua terra
natal. Em nenhum momento o padre usa o termo escravidão como uma forma de purgar
os pecados como quis fazer parecer o maldoso repórter. Veja os trechos que
usaram para o embuste:
Contexto verdadeiro em que falava o
padre:
Assim que o padre Vieira termina de louvar aos
negros por sua alta missão como cristãos que serão salvos, ele diz, claramente,
que a primeira obrigação que eles têm é: “de dar infinitas graças a
Deus por vos ter dado conhecimento de si, e por vos ter tirado de vossas terras,
onde vossos pais e vós vivêis como gentios; e vos ter trazido a esta, onde
instruídos na fé, vivais como cristãos, e vos
salveis.” (“Sermão XIV .pág. 303).
Essas palavras não são suas. Tudo o que ele diz
vem da autoridade das Escrituras, e ele cita a profecia, continuação do sermão,
de que “Virá tempo, diz David, em que os Ethyopes (que sois vós)
deixada a gentilidade e a idolatria, se hão de ajoelhar diante do verdadeiro
Deus” e “não baterão as palmas como costumam,
mas fazendo oração, levantarão as mãos ao mesmo Deus.”(pág.
303).
De fato em Goiana-PE, fundada em 1570 e outras
cidades brasileiras, os católicos e a Igreja Católica compraram a liberdade dos
escravos vendidos pela própria África aos senhores e os transformavam em
cidadãos comuns livres, com trabalho, residência e família. Isso bem antes da
abolição da escravatura no Brasil, o que profética e milagrosamente justificou
as palavras do padre Vieira.
Abaixo seguem alguns trechos da obra do padre,
todos omitidos pelo programa da Record, onde o padre se coloca duramente contra
a escravidão, deixando clara a posição da Igreja. Nesses trechos ele protesta
diretamente aos exploradores da época, presentes ao mesmo sermão em que estavam
os negros:
- “Os Negros são filhos de Maria mãe de Deus.”
- “O comércio escravo é um ato desumano”
- “Os negros são filhos de Adão e Eva e foram resgatados pelo mesmo Sangue de Cristo”.Padre Antônio Vieira (1608-1697)
“Saibam os pretos, e não duvidem, que
a mesma Mãe de Deus é Mãe sua… porque num mesmo Espírito fomos
batizados todos nós para sermos um mesmo corpo, ou sejamos judeus ou gentios, ou
servos ou livres”(Sermão XIV).
“Nas outras terras, do que aram os homens e
do que fiam e tecem mulheres se fazem os comércios: naquela (na
África) o que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães, é o que
se vende e compra. Oh! trato desumano, em que a mercancia são
homens! Oh! mercancia diabólica, em que os interesses se tiram das
almas alheias e os riscos são das próprias! “ (Sermão XXVII).
“Os senhores poucos, e os escravos muitos, os
senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando,
os escravos perecendo à fome, os senhores nadando em ouro e prata, os escravos
carregados de ferros, os senhores tratando-os como brutos, os escravos
adorando-os e temendo-os como deuses. (…) Estes homens não são filhos do
mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com
a sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem como os
nossos? Não respiram com a mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? Não os aquenta o
mesmo sol? Que estrela é logo aquela que as domina, tão
cruel?”. (Sermão XXVII sobre o Rosário,
in Sermões, vol. 12, Porto, 1951, p.333-371).
Essas foram as palavras do grande padre Antonio
Vieira, omitidas pelo injurioso programa da Record, em sua flagrante tentativa
de infamar a Igreja Católica.
Vejamos os Testemunhos e documentos que
atestam o combate da Igreja à escravidão deste os primórdios do
cristianismo:
O Papa S. Calisto (ano
217), era um ex-escravo elevado a Papa.
O Concílio de Nicéia (ano
325), o primeiro que a Igreja realizou, afirma: “escravos
foram admitidos ao sacerdócio.”
Em uma Carta do Papa
João VIII, datada de setembro de 873 e dirigida aos Príncipes da Sardenha, ele
diz:
“Há uma coisa a respeito da qual desejamos
admoestar-vos em tom paterno; se não vos emendardes, cometereis grande pecado,
e, em vez do lucro que esperais, vereis multiplicadas as vossas
desgraças. Com efeito; por instituição dos gregos, muitos homens feitos
cativos pelos pagãos são vendidos nas vossas terras e comprados por vossos
cidadãos, que os mantêm em servidão. Ora consta ser piedoso e santo, como convém
a cristãos, que, uma vez comprados, esses escravos sejam postos em liberdade por
amor a Cristo; a quem assim proceda, a recompensa será dada não pelos
homens, mas pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isto exortamo-vos e com
paterno amor vos mandamos que compreis dos pagãos alguns cativos e os deixeis
partir para o bem de vossas almas”.(Denzinger-Schönmetzer, Enquirídio dos
Símbolos e Definições nº 668).
O Papa Pio II, em 7 de outubro de
1462:
Condenou o comércio de escravos
como “magnum scelus” (grande
crime).
O Papa Pio VII
(1800-1823) enviou uma Carta ao Imperador Napoleão
Bonaparte da França, em protesto contra os maus tratos a homens
vendidos como animais, onde dizia:“Proibimos a todo eclesiástico ou
leigo apoiar como legítimo, sob qualquer pretexto, este comércio de negros ou
pregar ou ensinar em público ou em particular, de qualquer forma, algo contrário
a esta Carta Apostólica”(citado por L. Conti, “A Igreja Católica e
o Tráfico Negreiro”, em ‘O Tráfico dos Escravos negros nos séculos XV-XIX”.
Lisboa 1979, p. 337).
O mesmo Sumo Pontífice se
dirigiu a D. João VI de Portugal nos seguintes
termos:
“Dirigimos este ofício paterno à Vossa Majestade, cuja boa vontade nos é plenamente conhecida, e de coração a exortamos e solicitamos no Senhor, para que, conforme o conselho de sua prudência, não poupe esforços para que… o vergonhoso comércio de negros seja extirpado para o bem da religião e do gênero humano”.
O famoso bispo de Chiapa, na América,
Frei Bartolomeu de las Casas (1474-1566), levantou-se em defesa dos
índios contra sua escravidão. No início do século XVI o dominicano Domingos de
Minaja viajou da América Espanhola a Roma, a fim de relatar ao Papa Paulo III
(1534-1549) os abusos ocorrentes com relação aos índios. Em conseqüência, o
Pontífice escreveu a Bula: “O comum inimigo do gênero humano, que sempre se
opõe as boas obras para que pereçam, inventou um modo, nunca dantes ouvido, para
estorvar que a Palavra de Deus não se pregasse as gentes, nem elas se
salvassem. Para isso moveu alguns ministros seus que, desejosos de
satisfazer as suas cobiças, presumem afirmar a cada passo que os índios das
partes ocidentais e meridionais e as mais gentes que nestes nossos tempos tem
chegado à nossa notícia, hão de ser tratados e reduzidos a nosso serviço como
animais brutos, a título de que são inábeis para a Fé católica, e, com
pretexto de que são incapazes de recebê-la, os põem em dura servidão em que têm
suas bestas, apenas é tão grande como aquela com que afligem a esta gente. Pelo
teor das presentes determinamos e declaramos que os ditos índios a todas as mais
gentes que aqui em diante vierem a noticia dos cristãos, ainda que
estejam fora da fé cristã, não estão privados, nem devem sê-lo, de sua
liberdade, nem do domínio de seus bens, e não devem ser reduzidos a
servidão”.(Veritas Ipsa” (1537), onde condena a escravidão)
O Papa Gregório XVI (1831-1846)
em 3.12.1839 disse: “Admoestamos os fiéis para que se abstenham do
desumano tráfico dos negros ou de quaisquer outros homens que
sejam “.
O Papa Leão XIII (1878-1903), disse na Carta “In
Plurimis”, em 5.5.1888 aos bispos do Brasil:“E profundamente
deplorável a miséria da escravidão a que desde muitos séculos está sujeita uma
parte tão pequena da família humana”.
O papel da lgreja frente à escravatura preparou a
libertação dos escravos, assinada finalmente em 13/05/1888 pela Regente católica
Princesa Isabel. Para comemorar este evento, o Papa Leão XIII enviou à Princesa,
a Rosa de Ouro, sinal de distinção e benevolência de Sua Santidade.
Na cidade de Goiana – PE, está uma imagem
belíssima de Nossa Senhora do Rosário, doada pela Princesa Isabel à Igreja
Católica, por promover a liberdade e a inclusão social dos negros escravos,
antes mesmo da Lei Áurea. (Catálogo Turístico, Descubra as Raízes de Pernambuco
pág. 40).
Santo Agostinho também teve seu texto distorcido
pelo repórter macediano, ele viveu no século IV, e foi aludido maldosamente em
assunto do Brasil colonial, aquele jamais fomentou a escravidão. Este foi o
trecho de sua obra pinçado desonestamente:
Essas duas frases abaixo de Santo Agostinho,
mostram o contexto em que ele cita a palavra “escravo”, revelando a má fé do
repórter macediano.
“Quem é bom é livre, mesmo que seja
escravo.
Quem é mau é escravo, ainda que seja rei. ”
Quem é mau é escravo, ainda que seja rei. ”
“O Senhor supremo diz: Todo aquele que
comete pecado é escravo do pecado. Por isso muitos homens piedosos
servem patrões iníquos, mas não livres, porque quem é vencido por outro
fica escravo de quem o venceu.”(Santo Agostinho,1990, II, livro XIX,
cap. XV, p.406).
Como poderia a Igreja Católica, como mente esses
enganadores, depreciar os negros e escravos se entre tantos santos negros e
escravos que enriquecem sua hagiografia desde os primeiros séculos
estão: o ex-escravo Papa S. Calisto (ano 217), Sta. Perpétua, Sta.
Felicidade, S. Cipriano, S. Metódio Domenico Trcka, S. Nicolau, Sta. Efigênia,
S. Antônio de Cartageró, S. Elesbão, S. Benedito, S. Serapião, Sta. Bakita, S.
Frumencio, S. Pacômio, S. Eugenio de Cartago, S. Antão, S. Martinho de Lima
(“mestiço”), Sta. Maria-Clémentine Blessed, Santa Anuarite Nengapeta, S. Daudi
Okelo e S. Jildo Irwa???
Como poderia a Igreja Católica menosprezar os
negros se a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil foi produzida
em terracota pelos escravos devotos??? Falta bom senso aos caluniadores, que
hoje, depois da abolição da escravatura dada pelos católicos, querem “salvar” as
almas dos negros porque trazem algum dinheiro no bolso, quando antes os viam
como “uma raça cuja inteligência média beira a
estupidez”, “privada de qualquer bênção
divina” e os marcavam a ferro quente como animais.
No Portal Evangélico, veja o que confessa um
evangélico sobre um jornal batista:
“Na mesma época, o Baptist Record, uma
publicação do Estado do Mississippi, publicou um artigo que defendia a idéia de
que Deus queria os brancos governando sobre os negros porque ‘uma raça
cuja inteligência média beira a estupidez’ está obviamente ‘privada de qualquer
bênção divina’.Se alguém questionasse essa doutrina claramente racista,
os pastores saíam com o expediente infalível da miscigenação (mistura de raças),
que alguns especulavam ser o pecado que havia levado Deus a destruir o mundo nos
dias de Noé. A simples pergunta‘você quer que sua filha traga para casa
um namorado negro?’ silenciava todos os argumentos raciais.” (pp.
25,26).
Retirado do site:
http://www.portalevangelico.pt/noticia.asp?id=2638
Naquele tempo no Brasil, esta era a
realidade imposta pelo governador protestante Maurício de Nassau e
cuidadosamente omitida pelo programa da Record:
Em 25 de junho de 1637, devido a falta de
escravos para os engenhos de cana de açúcar, fugidos por causa da guerra entre
holandeses e portugueses, Nassau envia uma expedição de nove navios para a
Guiné, na África, sob comando do coronel Hans van Koin, para trazer mais negros
para Pernambuco.
Já em 30 de maio de 1641, tendo convencido os
dirigentes da Cia. Das Índias de que era mais vantajoso atacar Angola, por conta
dos escravos, do que a Bahia, Nassau envia uma força de invasão à África com 20
navios e mais de 4.000 homens.
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1290.html
Infelizmente, para isso a Record cegou,
preferindo fazer uso da vergonhosa manipulação de imagens abaixo, onde
injuriosamente acusava a Igreja Católica de forçar os escravos à conversão,
ilustrando isto com imagens que não correspondem aos fatos, enquanto caluniava
que os escravos que se recusavam converter sofriam torturas ou eram mortos.
Veja o contraste da verdade diante das
calúnias de Record:
Adiante, instilaram que a Igreja Católica
“marcava” os escravos a ferro quente. Pura calúnia! Esta é mais uma falsidade
que já caiu por terra. Em nota a esse ato selvagem, a protestante igreja
anglicana já se acusou e pediu desculpas por essa violência que imprimia aos
negros que escravizava.
Para ver os próprios protestantes anglicanos
afirmando que durante 300 anos venderam, escravizaram e marcaram a ferro quente
os escravos com a palavra “Society”, referida ao
organismo daquela igreja, acesse:
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=65544
Para ver todo o desrespeito empregado pelo
protestantismo ao Povo Negro, e convocação feita pelo Sr. Hernani Francisco da
Silva, Presidente da Sociedade Cultural Missões Quilombo a todas as Igrejas
protestantes a pedirem perdão pelo desrespeito, preconceito, escárnio e tráfico
deste povo, acesse:http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=20880
Nada melhor do que expor as pinturas de Debret,
contemporâneo dos tempos do Brasil império. Assim podemos ver de fato, que ao
contrário do protestantismo, a Igreja Católica não fazia qualquer discriminação
aos negros.
Outros detalhes dos maliciosos embuste da
Record:
1- A “arqueóloga” sequer sabia que no passado os
cemitérios eram feitos em volta das Igrejas Católicas, e aproveitaram para
induzir a crer que a Igreja escondia mortos.
2- Eles omitiram que entre os maiores traficantes
de escravos para o Brasil está o protestante Maurício de Nassau;
3- Eles omitiram as bulas Papais contra a
escravidão mesmo antes do descobrimento do Brasil;
4- No próprio vídeo eles mostraram no filme de
“cem anos” apresentado no embuste, que os negros eram bem vestidos e tratados
pela Igreja. Freiras até aparecem os abençoando com cruzes os encarcerados;
5- O fato de haver hoje capela nos presídios, não
quer dizer que é a Igreja Católica que encarcera as pessoas. O fato de haver
Igrejas próximas às senzalas no passado, não quer dizer que a Igreja traficava
escravos. Isso desfaz o sofisma do repórter macediano;
6- A citada CNBB, fundada tardiamente em 1952,
pode até pedir desculpas por não ter podido fazer mais do que estava ao alcance,
especialmente por não existir. Mas jamais precisou pedir desculpas por ter agido
diretamente contra a honra e a integridade física de índios e escravos, como
terrivelmente fizeram os protestantes, menosprezando e exterminando os de seus
países;
7- Observe que o “documentário” é forjado com
várias cenas de ficção, ou produzidas pela própria Record sob título de
“simulação”;
8- A cabeça do rei Garcia II está sepultada na
Igreja Católica porque foi um grande católico, e não porque a Igreja o matou,
como fez parecer o desonesto repórter;
9 – A igreja de angola feita museu da
escravatura, apesar da simplicidade, é um motivo de orgulho e identidade dos
angolanos, que lhe atribuem um enorme valor e reconhecimento, funcionando como
local que abriga os testemunhos da história dos seus antepassados que viveram a
escravidão e o sofrimento do povo angolano. Estranhamente, o senhor que
acompanha o desonesto repórter, balbucia mais do que sabe, e é sempre
impulsionado pelas auto-sugestões sensacionalistas do repórter macediano;
10- Todos que deram depoimento contra a verdade,
naquele atentado forjado pela emissora do Edir Macedo, demonstram ou serem
aprendizes marxistas ou membros da própria igreja Universal, a julgar pelos
disparates ante-históricos mencionados.
Logo fica patente, que diante de tanta mentira e
omissão, a verdadeira intenção da Rede Record era macular a Igreja Católica em
busca de incautos para a Igreja Universal do mesmo proprietário.
Há poucos anos atrás, essa mesma emissora,
baseando-se no calunioso livro “O Papa de Hitler”, forjou um embuste semelhante
onde sistematicamente acusava a Igreja Católica de fazer parte do nazismo e ter
ajudado a dizimar os judeus. Essa farsa também foi desmascarada, no link:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html , pelo jornalista Olavo de
Carvalho do Jornal do Brasil, onde ele mesmo pediu perdão por um dia ter
acreditado nesta farsa de livro, usado pela Record do bispo Edir Macedo.
Sábio conselho é o de Nosso Senhor Jesus Cristo,
e que muito bem cabe aos que forjaram tal embuste veiculado pela Record:
“Vós tendes por pai o Diabo, e
quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e
nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere
mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da
mentira”. (Jo 8,44).
Fonte: Apologistas Católicos
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