Padre Stefano Cecchin explica a virgindade de Maria
Por Antonio Gaspari
ROMA, quarta-feira, 30 de novembro de 2011(ZENIT.org) - Dia 8 de dezembro será celebrada, em todo o mundo Católico, a festa da Imaculada Conceição de Maria, mas quem era Maria? Por que os católicos a veneram tanto? Por que a sua virgindade é tão importante?
ZENIT fez estas e outras perguntas para Padre Stefano Cecchin, da Ordem Franciscana dos Frades Menores (O.F.M), Secretário da Pontifícia Academia Mariana Internacional. (WWW.accademiamariana.org)
Por que é tão importante a virgindade de Maria?
Pe. Cecchin: A virgindade de Maria é um elemento essencial da fé cristã, é a garantia de que Jesus o “filho de Deus” se fez homem no ventre de uma mulher. José, o “esposo de Maria” (Mt,1,20) não é o verdadeiro pai de Jesus. Porque Maria, diz o Evangelho de Mateus, concebeu Jesus sem ter tido nenhum relacionamento com o marido (Mt,1,25). Aquele que foi gerado nela é “obra do Espírito Santo” (Mt,1,20), por essa razão Cristo é homem, no que diz respeito a humanidade, por ter sido gerado de uma mulher; mas ao mesmo tempo é Deus, por esta gestação ter ocorrido pela ação da Santíssima Trindade em Maria. Maria é verdadeiramente mãe, então Jesus é verdadeiramente homem; Maria é virgem, então Jesus é filho de Deus: está é uma síntese da fé cristã.
Quem era Maria?
Pe.Cecchin: Maria era uma “virgem”, “esposa prometida” de um homem da casa de Davi chamado José (Lc, 1,26). Os Evangelhos não oferecem muitas explicações. Sabemos apenas que era parente de Isabel, considerada descendente de Aarão e então de uma família sacerdotal (Lc 1, 5). Vemos uma mulher inteligente, que antes de dar seu consentimento ao anjo quis entender como Deus a solicita. Sempre atenta à Palavra, preserva e interpreta-a em seu coração. Mãe carinhosa se preocupa com que o menino esteja coberto e na manjedoura. Angustiada procura-o por três dias até que o encontra no templo, entre os doutores: ouvimos as últimas palavras de Maria e as primeiras de Jesus no evangelho de Lucas. Em Caná estava preocupada pelos noivos que ficaram sem vinho, e sem medo se dirige a Jesus convencida de que Ele poderia resolver o problema.
Por isso convida os servos a fazer: “aquilo que Ele vos disser”. Encontramo-la ao lado do crucifixo, onde a Ela é confiada a Igreja, onde a encontramos depois da ascensão do Senhor junto com os seus discípulos.
Esta é a Maria que conhecemos dos Evangelhos: a mulher sempre disposta a ouvir a Palavra e a colocá-la em prática: o exemplo mais belo de verdadeiro seguidor de Jesus.
Por que esse nome?
Pe. Cecchin: Maria é um nome muito antigo encontrado em diversas línguas do Oriente Médio. Parece que deriva do egípcio Myrhian que significa “princesa”. Outras interpretações traduzem “Altíssima” (nos visitou do alto um sol nascente, ou seja, de Maria), ou também Mareamamor ou ser amado, pelas dores sofridas na Paixão do Filho. Alguns Pais da igreja a interpretam como “estrela do mar”. A Bíblia recorda Miriã, a irmã de Moisés. De qualquer modo, os Evangelhos não nos dão nenhuma explicação sobre o motivo deste nome.
Por que foi escolhida por Deus para trazer ao mundo Jesus?
Pe. Cecchin: Esta questão é respondida pela própria Virgem: “Porque viu a humildade de sua serva” (Lc 1, 48).
Quais são as virtudes dela?
Pe. Cecchini: O beato João Paulo II nos recorda que: “Maria, resplandece como modelo de virtude diante de toda a comunidade dos eleitos” (Redemptoris Mater, 6). Isto porque a Igreja a vê como criatura perfeitamente realizada, enquanto, “ninguém como ela respondeu com um amor tão grande ao amor imenso de Deus” (Pastores dabo vobis, 36). As virtudes dela estão em consonância com a concepção de Jesus, com a sua responsabilidade para fazer crescer em “santidade e graça” aquela criança, com seu caminho de fé que progredia no seguimento de Cristo, até o momento da cruz e a alegria da ressurreição. Maria é a mulher rica de virtudes, porque é plenamente “mulher”, ou seja, é aquela que viveu plenamente a vida humana.
Por que os católicos rezam tanto a Maria?
Pe. Cecchin: Porque são os “discípulos de Jesus” que da cruz indicou que deveriam ter Maria como “Mãe”!
Como explicar a Festa da Imaculada ao mundo de hoje?
Pe.Cecchin: Esta verdade de fé não é fácil de entender! No entanto, é símbolo do amor supremo de Deus que deseja fazer “amizade” com o homem. Após o pecado, de fato, Deus prometeu colocar inimizade entre a mulher e o mal (representado pela serpente), e os seus descendentes. Com a vinda de Cristo essa promessa se realizou. A Mãe do Messias não poderia nunca ter sido a amiga da serpente. E para a missão de mãe do Salvador, Deus lhe concedeu uma graça antecipada em vista de toda a obra de Cristo salvador e redentor que graças ao sim de Maria estava prestes a acontecer.
Maria, portanto, gozou da nossa própria redenção, mas que para ela ocorreu de maneira diferente para provar que Cristo é verdadeiramente o Redentor perfeitíssimo, cuja redenção age antes e depois do acontecimento da cruz. Se hoje falamos de prevenção de doenças: aqui está o médico perfeitissimo, que foi capaz não só de curar os pecados do mundo, mas também de preveni-los: e realizou isto junto com a sua mãe. Assim, a celebração deste dogma, como todos os dogmas marianos, quer exaltar primeiramente a Cristo. É útil para melhor compreender o verdadeiro caráter da obra de nossa redenção: a universalidade e a potência mediadora de Cristo.
(Tradução:Maria Emília Marega)
fonte: http://www.zenit.org/article-29306?l=portuguese
ROMA, quarta-feira, 30 de novembro de 2011(ZENIT.org) - Dia 8 de dezembro será celebrada, em todo o mundo Católico, a festa da Imaculada Conceição de Maria, mas quem era Maria? Por que os católicos a veneram tanto? Por que a sua virgindade é tão importante?
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ZENIT fez estas e outras perguntas para Padre Stefano Cecchin, da Ordem Franciscana dos Frades Menores (O.F.M), Secretário da Pontifícia Academia Mariana Internacional. (WWW.accademiamariana.org)
Por que é tão importante a virgindade de Maria?
Pe. Cecchin: A virgindade de Maria é um elemento essencial da fé cristã, é a garantia de que Jesus o “filho de Deus” se fez homem no ventre de uma mulher. José, o “esposo de Maria” (Mt,1,20) não é o verdadeiro pai de Jesus. Porque Maria, diz o Evangelho de Mateus, concebeu Jesus sem ter tido nenhum relacionamento com o marido (Mt,1,25). Aquele que foi gerado nela é “obra do Espírito Santo” (Mt,1,20), por essa razão Cristo é homem, no que diz respeito a humanidade, por ter sido gerado de uma mulher; mas ao mesmo tempo é Deus, por esta gestação ter ocorrido pela ação da Santíssima Trindade em Maria. Maria é verdadeiramente mãe, então Jesus é verdadeiramente homem; Maria é virgem, então Jesus é filho de Deus: está é uma síntese da fé cristã.
Quem era Maria?
Pe.Cecchin: Maria era uma “virgem”, “esposa prometida” de um homem da casa de Davi chamado José (Lc, 1,26). Os Evangelhos não oferecem muitas explicações. Sabemos apenas que era parente de Isabel, considerada descendente de Aarão e então de uma família sacerdotal (Lc 1, 5). Vemos uma mulher inteligente, que antes de dar seu consentimento ao anjo quis entender como Deus a solicita. Sempre atenta à Palavra, preserva e interpreta-a em seu coração. Mãe carinhosa se preocupa com que o menino esteja coberto e na manjedoura. Angustiada procura-o por três dias até que o encontra no templo, entre os doutores: ouvimos as últimas palavras de Maria e as primeiras de Jesus no evangelho de Lucas. Em Caná estava preocupada pelos noivos que ficaram sem vinho, e sem medo se dirige a Jesus convencida de que Ele poderia resolver o problema.
Por isso convida os servos a fazer: “aquilo que Ele vos disser”. Encontramo-la ao lado do crucifixo, onde a Ela é confiada a Igreja, onde a encontramos depois da ascensão do Senhor junto com os seus discípulos.
Esta é a Maria que conhecemos dos Evangelhos: a mulher sempre disposta a ouvir a Palavra e a colocá-la em prática: o exemplo mais belo de verdadeiro seguidor de Jesus.
Por que esse nome?
Pe. Cecchin: Maria é um nome muito antigo encontrado em diversas línguas do Oriente Médio. Parece que deriva do egípcio Myrhian que significa “princesa”. Outras interpretações traduzem “Altíssima” (nos visitou do alto um sol nascente, ou seja, de Maria), ou também Mareamamor ou ser amado, pelas dores sofridas na Paixão do Filho. Alguns Pais da igreja a interpretam como “estrela do mar”. A Bíblia recorda Miriã, a irmã de Moisés. De qualquer modo, os Evangelhos não nos dão nenhuma explicação sobre o motivo deste nome.
Por que foi escolhida por Deus para trazer ao mundo Jesus?
Pe. Cecchin: Esta questão é respondida pela própria Virgem: “Porque viu a humildade de sua serva” (Lc 1, 48).
Quais são as virtudes dela?
Pe. Cecchini: O beato João Paulo II nos recorda que: “Maria, resplandece como modelo de virtude diante de toda a comunidade dos eleitos” (Redemptoris Mater, 6). Isto porque a Igreja a vê como criatura perfeitamente realizada, enquanto, “ninguém como ela respondeu com um amor tão grande ao amor imenso de Deus” (Pastores dabo vobis, 36). As virtudes dela estão em consonância com a concepção de Jesus, com a sua responsabilidade para fazer crescer em “santidade e graça” aquela criança, com seu caminho de fé que progredia no seguimento de Cristo, até o momento da cruz e a alegria da ressurreição. Maria é a mulher rica de virtudes, porque é plenamente “mulher”, ou seja, é aquela que viveu plenamente a vida humana.
Por que os católicos rezam tanto a Maria?
Pe. Cecchin: Porque são os “discípulos de Jesus” que da cruz indicou que deveriam ter Maria como “Mãe”!
Como explicar a Festa da Imaculada ao mundo de hoje?
Pe.Cecchin: Esta verdade de fé não é fácil de entender! No entanto, é símbolo do amor supremo de Deus que deseja fazer “amizade” com o homem. Após o pecado, de fato, Deus prometeu colocar inimizade entre a mulher e o mal (representado pela serpente), e os seus descendentes. Com a vinda de Cristo essa promessa se realizou. A Mãe do Messias não poderia nunca ter sido a amiga da serpente. E para a missão de mãe do Salvador, Deus lhe concedeu uma graça antecipada em vista de toda a obra de Cristo salvador e redentor que graças ao sim de Maria estava prestes a acontecer.
Maria, portanto, gozou da nossa própria redenção, mas que para ela ocorreu de maneira diferente para provar que Cristo é verdadeiramente o Redentor perfeitíssimo, cuja redenção age antes e depois do acontecimento da cruz. Se hoje falamos de prevenção de doenças: aqui está o médico perfeitissimo, que foi capaz não só de curar os pecados do mundo, mas também de preveni-los: e realizou isto junto com a sua mãe. Assim, a celebração deste dogma, como todos os dogmas marianos, quer exaltar primeiramente a Cristo. É útil para melhor compreender o verdadeiro caráter da obra de nossa redenção: a universalidade e a potência mediadora de Cristo.
(Tradução:Maria Emília Marega)
fonte: http://www.zenit.org/article-29306?l=portuguese
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