Um estudo da RAND Corporation, publicado na edição de novembro da revista Pediatrics, revelou que existe uma forte relação entre as gravidezes adolescentes e o conteúdo sexual dos programas de televisão.
Segundo o estudo, difundido este domingo pela cadeia CNN, adolescentes com alto nível de exposição a programas com conteúdo sexual estiveram duas vezes mais propensas a ficar grávidas que as que viram menos programas desse tipo em um período de três anos.
"Sabemos que se uma criança está vendo mais de uma hora de televisão por dia, e sabemos que há uma cena sexual no conteúdo a cada 10 minutos, então está recebendo uma quantidade considerável de conteúdo sexual", disse Anita Chandra, autora principal do estudo e científica condutual no RAND.
A investigação analisou os resultados de três pesquisas entre 2.000 adolescentes de idades entre 12 e 17 anos durante os anos de 2001 a 2004. O estudo enfocou-se nos resultados dos mais de 700 participantes em todos os Estados Unidos que já tinham tido relações sexuais para o momento da terceira sondagem.
Para a professora de pediatria clínica da Escola de Medicina Morehouse e diretora médica do Centro de Excelência em Saúde Sexual, Wimberly Yolanda, a relação não é surpreendente.
Nesse sentido, a professora aconselhou os pais a falarem com seus filhos sobre estes temas e ensinem valores morais, porque poderão limitar sua exposição ao conteúdo sexual nos meios, já que também está a influência dos amigos e da Internet.
Conforme informou a CNN, os peritos assinalam que os programas de televisão quase nunca retratam os riscos do sexo. Indicou que anteriores investigações também mostraram que os adolescentes com maior exposição a estes conteúdos são mais propensos a terem relações sexuais pela primeira vez no ano seguinte.
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