Chuta que é macumba, Povo Católicoooo!
Hoje vamos falar sobre
a famosa fitinha de Nosso Senhor do Bonfim. De onde ela vem e qual é o limite
entre a devoção e a macumba?
Antes de tudo, senta
que lá vem a história…
A fitinha nasceu bem
no início do século XIX e também era conhecida como “medida do Bonfim”, por ser
do tamanho do braço direito da imagem de Nosso Senhor do Bonfim (não me
pergunte porque os dois braços não são do mesmo tamanho). Nessa época a
pulserinha ainda era católica! Era utilizada como ex-voto.
As pessoas que conseguiam alguma graça usavam a fitinha no pescoço,
como se fosse um colar, e penduravam nela pingentes que lembrassem a graça
alcançada, como fotos da família ou pequenas imagens de metal representando
partes do corpo curadas.
Essa tradição durou
até meados do século XX, quando a fitinha caiu em desuso e sumiu.
E de repente ela
voltou! Ninguém sabe ao certo como. Aí vieram os hippies baianos
e suas esquisitices, entre elas, fitinhas de cores fortes amarradas ao pulso.
Pronto! A repaginação da “medida do Bonfim” agradou tanto que logo virou mania
nacional e, hoje, até internacional.
Só que ela foi
embora católica, mas não voltou muito santa não…
A nova Fitinha de
Nosso Senhor do Bonfim agora vinha carregada de sincretismo.
A começar pelas cores: cada uma simbolizando um orixá. O
verde escuro para oxóssi, o azul claro para iemanjá, o amarelo para oxum e por
aí vai.
Embora o comércio já
tenha tratado de aumentar o leque de cores, reduzindo a equivalência com os
orixás, a fitinha é muito mais reconhecida como um elemento de
cultos afro-brasileiros do que da Igreja Católica. Aliás, poucos
realmente olham pra Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e se lembram da Igreja de
Cristo. Já falamos sobre isso por aqui.
E como sempre, tudo
que passa pelo sincretismo acaba virando macumba. Com a fitinha não foi
diferente: hoje ela é cercada de lendas. A mais tradicional diz que você
deve colocá-la no pulso e fazer três pedidos; eles se realizarão assim
que a fitinha cair sozinha. Ou seja, você tem basicamente que deixar ela
apodrecer no braço e torcer para que o fabricante não tenha utilizado material
de qualidade. Mas atenção! Só funciona se você ganhar a fitinha e pedir para
alguém amarrar por você. Como bônus, ela também lhe confere a proteção dos
orixás (isso porque a fitinha é de Cristo).
Além de um
amuleto poderoso, ela ainda é versátil! É muito utilizada pra dar um ar
mais fashion nos pratos de frango com farofa deixados nas
encruzilhadas. Cara… fugindo um pouco do assunto: falar “paralelepípedo” no
Além, sem cuspir farofa, deve ser dificílimo! O povo não bota nem um arrozinho
pra dar uma quebrada!
Mas voltando à vaca
fria… Muito cuidado! A fitinha também tem o seu lado negro! Se você
desamarrá-la de propósito, nunca vai realizar seus desejos e vai ter azar pra
sempre. Tan, tan, taaaaaaaaannn!!!! #TENSO
Tudo muito
católico, né? O que era o agradecimento por uma graça, virou
amuleto. E aí? Você usa? Se você está lendo esse post, deve estar
pensando em tirar agora. Tá com medinho???? Olha o azar, hein!
Agora, um aviso: se você não passar esse post imediatamente para
77 pessoas – na internet o 7 é inflacionado – sua conexão vai cair, você nunca
mais vai conseguir navegar em banda larga, o site oficial do Justin Bieber vai
ser, para sempre, a página inicial do seu navegador e o seu iPod/MP4 só vai
tocar lambada até o fim da sua vida.
fonte: Blog da Associacao Padre Pio
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