ROMA, 30 Nov. 11 / 07:20 pm (ACI/EWTN
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O líder da Fraternidade São Pio X (FSSPX-lefebvristas), Bernard Fellay, assinalou que "é certo que este preâmbulo doutrinal não pode receber nossa adesão", em referência ao texto que contém os requisitos mínimos que devem aceitar para ingressar à plena comunhão da Igreja Católica entregue pelo Vaticano.
A Fraternidade São Pio X agrupa os seguidores do arcebispo Marcel Lefebvre que faleceu excomungado em 1988 por ordenar quatro bispos sem permissão do Papa.
Em 28 de novembro e em diálogo com o DICI, o órgão informativo lefebvrista, Fellay explicou que o preâmbulo doutrinal é "um documento que pode ser esclarecido e modificado, como assinala a nota que o acompanha. Não é um texto definitivo".
"Em pouco tempo redigiremos nossa resposta ao documento, sublinhando com franqueza as posições doutrinais que vemos como indispensáveis", acrescenta Fellay e explica que esta será entregue ao Vaticano para escutar sua resposta e revisar logo "as opções que restam" para finalmente tornar público o documento final rechaçado ou aprovado pela fraternidade.
No último 14 de setembro o Vaticano divulgou um comunicado no qual explicou que o Preâmbulo entregue aos lefebvristas esse dia "estabelece alguns princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica, necessários para garantir a fidelidade ao Magistério da Igreja e o ‘sentire cum Ecclesia’ (sentir com a Igreja)".
Ao mesmo tempo, deixa aberta "a uma discussão legítima, o estudo e a explicação teológica de expressões ou formulações particulares presentes nos documentos do Concílio Vaticano II e do Magistério sucessivo".
Esta abertura da Santa Sé para discutir alguns aspectos do Concílio Vaticano II foi aproveitada por Fellay para lançar na entrevista com o DICI e em outras ocasiões suas habituais críticas a este importante evento eclesiástico e para reiterar que os lefebvristas ainda vêem diferenças entre o que eles consideram doutrinalmente correto e o que a Igreja Católica afirma.
"Não esquecemos –assinala– que há muitas diferenças doutrinais na origem da disputa entre Roma e nós durante os últimos 40 anos. Colocá-las de lado para obter um status canônico nos expõe ao perigo de ver as mesmas diferenças surgirem indevidamente".
Bernard Fellay afirma também que, em sua opinião, alguns novos bispos e sacerdotes responsabilizam o Concílio Vaticano II pela abertura da Igreja a um mundo "que foi se convertendo em (um mundo) cada vez mais secularizado" e afirma que alguns deles estariam procurando respostas entre os lefebvristas "discretamente".
Antecipando-se à possibilidade de receber uma estrutura canônica legítima, já que nunca contaram com ela como a Secretaria de Estado do Vaticano explicou em 2009, o líder lefebvrista se refere à "feroz oposição" de alguns bispos à sua organização e espera que o Papa "tome medidas" para que a solução dada "seja realmente efetiva".
A postura lefebvrista
No início deste mês, a Fraternidade São Pio X (lefebvristas) retirou da rede um artigo no qual criticavam o Papa e o Vaticano, no marco do estudo que realizam do Preâmbulo doutrinal.
O artigo critica, entre outras coisas, a "hermenêutica da continuidade", um critério estabelecido pelo Papa Bento XVI para entender melhor os ensinamentos do Concílio Vaticano II.
O texto também descreve a reunião que sustentaram os líderes da FSSPX em Albano, Itália, entre os dias 7 e 8 de outubro e foi escrito pelo superior do distrito da Grã-Bretanha da Fraternidade São Pio X, Paul Morgan, quem considera "claramente inaceitável" a proposta feita pelo Vaticano.
Em fevereiro de 2009, a Secretaria de Estado do Vaticano através de um comunicado explicou que o Papa Bento XVI decidiu levantar a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre "como resultado da súplica dirigida pelo Superior General da Fraternidade Sacerdotal São Pio X a Sua Santidade Bento XVI em 15 de dezembro de 2008".
O documento explica ademais que "o levantamento da excomunhão liberou os quatro bispos de uma pena canônica muito grave, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X, que no momento atual, não goza de nenhum reconhecimento canônico na Igreja Católica".
Este texto também ressalta que os quatro bispos que ordenou Lefebvre a quem a excomunhão foi suspendida estão obrigados ao "pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II" –que até agora rechaçaram como se desprende das declarações expostas nesta nota e em provas litográficas anteriores de ACI Digital– e do Magistério de todos os Papas posteriores a Pio XII.
O Concílio Vaticano II é um dos eventos mais importantes na história da Igreja. Realizou-se entre os anos 1962 e 1965 congregando bispos de todo o mundo. Este produziu um corpo doutrinal que busca promover a fé católica, renovar a vida dos fiéis, adaptar a liturgia e animar a presença dos leigos no apostolado.
O líder da Fraternidade São Pio X (FSSPX-lefebvristas), Bernard Fellay, assinalou que "é certo que este preâmbulo doutrinal não pode receber nossa adesão", em referência ao texto que contém os requisitos mínimos que devem aceitar para ingressar à plena comunhão da Igreja Católica entregue pelo Vaticano.
A Fraternidade São Pio X agrupa os seguidores do arcebispo Marcel Lefebvre que faleceu excomungado em 1988 por ordenar quatro bispos sem permissão do Papa.
Em 28 de novembro e em diálogo com o DICI, o órgão informativo lefebvrista, Fellay explicou que o preâmbulo doutrinal é "um documento que pode ser esclarecido e modificado, como assinala a nota que o acompanha. Não é um texto definitivo".
"Em pouco tempo redigiremos nossa resposta ao documento, sublinhando com franqueza as posições doutrinais que vemos como indispensáveis", acrescenta Fellay e explica que esta será entregue ao Vaticano para escutar sua resposta e revisar logo "as opções que restam" para finalmente tornar público o documento final rechaçado ou aprovado pela fraternidade.
No último 14 de setembro o Vaticano divulgou um comunicado no qual explicou que o Preâmbulo entregue aos lefebvristas esse dia "estabelece alguns princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica, necessários para garantir a fidelidade ao Magistério da Igreja e o ‘sentire cum Ecclesia’ (sentir com a Igreja)".
Ao mesmo tempo, deixa aberta "a uma discussão legítima, o estudo e a explicação teológica de expressões ou formulações particulares presentes nos documentos do Concílio Vaticano II e do Magistério sucessivo".
Esta abertura da Santa Sé para discutir alguns aspectos do Concílio Vaticano II foi aproveitada por Fellay para lançar na entrevista com o DICI e em outras ocasiões suas habituais críticas a este importante evento eclesiástico e para reiterar que os lefebvristas ainda vêem diferenças entre o que eles consideram doutrinalmente correto e o que a Igreja Católica afirma.
"Não esquecemos –assinala– que há muitas diferenças doutrinais na origem da disputa entre Roma e nós durante os últimos 40 anos. Colocá-las de lado para obter um status canônico nos expõe ao perigo de ver as mesmas diferenças surgirem indevidamente".
Bernard Fellay afirma também que, em sua opinião, alguns novos bispos e sacerdotes responsabilizam o Concílio Vaticano II pela abertura da Igreja a um mundo "que foi se convertendo em (um mundo) cada vez mais secularizado" e afirma que alguns deles estariam procurando respostas entre os lefebvristas "discretamente".
Antecipando-se à possibilidade de receber uma estrutura canônica legítima, já que nunca contaram com ela como a Secretaria de Estado do Vaticano explicou em 2009, o líder lefebvrista se refere à "feroz oposição" de alguns bispos à sua organização e espera que o Papa "tome medidas" para que a solução dada "seja realmente efetiva".
A postura lefebvrista
No início deste mês, a Fraternidade São Pio X (lefebvristas) retirou da rede um artigo no qual criticavam o Papa e o Vaticano, no marco do estudo que realizam do Preâmbulo doutrinal.
O artigo critica, entre outras coisas, a "hermenêutica da continuidade", um critério estabelecido pelo Papa Bento XVI para entender melhor os ensinamentos do Concílio Vaticano II.
O texto também descreve a reunião que sustentaram os líderes da FSSPX em Albano, Itália, entre os dias 7 e 8 de outubro e foi escrito pelo superior do distrito da Grã-Bretanha da Fraternidade São Pio X, Paul Morgan, quem considera "claramente inaceitável" a proposta feita pelo Vaticano.
Em fevereiro de 2009, a Secretaria de Estado do Vaticano através de um comunicado explicou que o Papa Bento XVI decidiu levantar a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre "como resultado da súplica dirigida pelo Superior General da Fraternidade Sacerdotal São Pio X a Sua Santidade Bento XVI em 15 de dezembro de 2008".
O documento explica ademais que "o levantamento da excomunhão liberou os quatro bispos de uma pena canônica muito grave, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X, que no momento atual, não goza de nenhum reconhecimento canônico na Igreja Católica".
Este texto também ressalta que os quatro bispos que ordenou Lefebvre a quem a excomunhão foi suspendida estão obrigados ao "pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II" –que até agora rechaçaram como se desprende das declarações expostas nesta nota e em provas litográficas anteriores de ACI Digital– e do Magistério de todos os Papas posteriores a Pio XII.
O Concílio Vaticano II é um dos eventos mais importantes na história da Igreja. Realizou-se entre os anos 1962 e 1965 congregando bispos de todo o mundo. Este produziu um corpo doutrinal que busca promover a fé católica, renovar a vida dos fiéis, adaptar a liturgia e animar a presença dos leigos no apostolado.
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