18 de ago. de 2011

Diferentes formas de meditar, segundo o Papa

Destaca a importância de dedicar tempo a Deus com constância


CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 17 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – O Papa convidou hoje a “ser capazes de parar um momento e meditar”, em meio a nossa ocupada vida atual, para conhecer a vontade de Deus e adentrar nela, um caminho direto ao Paraíso.

O Papa dedicou a catequese desta quarta-feira ao tema da meditação. Ele falou aos fiéis reunidos no pátio interior do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.

“Em nossa época, estamos sendo absorvidos por muitas atividades e compromissos, preocupações, problemas”, disse.



Assim, “muitas vezes se tende a preencher todos os espaços do dia, sem ter um momento para parar, meditando e nutrindo a vida espiritual, o contato com Deus”. 

“Maria nos ensina quão necessário é encontrar em nossas jornadas, com todas as atividades, momentos para recolher-nos em silêncio e meditar sobre o que o Senhor quer nos ensinar, sobre como Ele está presente e age no mundo e na nossa vida.”

Em sua reflexão, o Papa partiu de uma afirmação: como Maria, “nós podemos alcançar o Paraíso”. “A pergunta é: como?” – prosseguiu. “Crer, confiar-se ao Senhor, entrar em sua vontade: esta é a direção essencial”.

Como modo de conhecer a vontade de Deus, Bento XVI referiu-se “à vida de contato com Deus”, isto é, à meditação.

“O que é a meditação? Meditar quer dizer ‘fazer memória’ do que Deus fez e não esquecer dos seus muitos benefícios.”

“Frequentemente, vemos somente as coisas negativas; devemos ter em nossa memória também as coisas positivas, os dons que Deus nos fez, estar atentos aos sinais positivos que vêm de Deus e recordá-los.”

Portanto – explicou o Papa –, “falamos de um tipo de oração que, na tradição cristã, é conhecida como ‘oração mental’”.

“Nós conhecemos normalmente as orações com as palavras; naturalmente, também a mente e o coração devem estar presentes neste tipo de oração, mas, neste caso, falamos de uma meditação que não está feita de palavras, mas que é uma forma de contato da nossa mente com o coração de Deus. E Maria, nisso, é um modelo muito real”, disse.

Bento XVI recordou que “Ela está atenta a tudo o que o Senhor lhe disse e fez, e medita, ou seja, tem contato com diversas coisas, aprofundando nelas dentro do coração”.

“Dia a dia, no silêncio da vida cotidiana, Maria continuou guardando em seu coração os maravilhosos acontecimentos posteriores de que foi testemunha, até a prova extrema da cruz: seus deveres cotidianos, sua missão de mãe, mas soube manter em si um espaço interior para refletir sobre a palavra e a vontade de Deus, sobre o que acontecia nela mesma, sobre os mistérios da vida do seu Filho”, afirmou o Papa.

Formas de meditar

O Papa convidou a “criar em nós uma situação de recolhimento, de silêncio interior, para refletir, assimilar os mistérios da nossa fé e o que Deus opera em nós” e indicou diferentes formas de meditar hoje em dia.

Pode-se meditar, por exemplo, tomando “uma breve passagem da Sagrada Escritura, sobretudo dos Evangelhos, dos Atos dos Apóstolos, das cartas dos Apóstolos, ou talvez uma página de algum autor espiritual que nos aproxima e torna mais presentes as realidades de Deus no nosso hoje”.

Pode-se também meditar “buscando o conselho do confessor ou do diretor espiritual, ler e refletir sobre o que se leu, parando para pensar nisso, procurando compreender, entender o que diz a nós, no dia de hoje”.

“Também o santo terço é uma oração de meditação: repetindo a Ave Maria, somos convidados a refletir sobre o mistério que proclamamos”, disse.

“Podemos nos deter também em qualquer experiência espiritual intensa, nas palavras que ficam impressas na participação da Eucaristia dominical”, indicou.

Portanto – prosseguiu o Papa –, “como podem ver, há muitas maneiras de meditar e de ter contato com Deus, de aproximar-nos dele e, dessa forma, estar no caminho rumo ao Paraíso”.

O objetivo da meditação é “colocar-nos cada vez mais nas mãos de Deus, com confiança e amor, na certeza de que somente fazendo a sua vontade seremos, finalmente, felizes”.

fonte: http://www.zenit.org/article-28611?l=portuguese

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