CASTEL
GANDOLFO, 24 Jul. 11 / 02:38 pm (ACI/EWTN Noticias)
Ao
presidir a reza do Ângelus dominical na residência de Castelgandolfo, o Papa
Bento XVI exortou os católicos a terem uma consciência sensível à
verdade, a Deus, que permita obrar sempre o bem e evitar o mal onde quer que
estejam, segundo o exemplo do rei Salomão.
Ante
os milhares de fiéis que o acompanharam na oração
Mariana, o Santo Padre recordou a história do rei Salomão quem pediu ao Senhor:
“’Dai, pois, ao vosso servo um coração dócil, capaz de julgar o vosso povo e
discernir entre o bem e o mal’. E o Senhor responde à sua oração, de tal forma
que Salomão se torna célebre em todo o mundo pela sua sabedoria e os seus retos
julgamentos”.
O
Papa explicou que este “coração” se refere à consciência humana. No caso do
Salomão, prosseguiu, “o pedido é motivado pela responsabilidade de guiar uma
nação, Israel, o povo que Deus escolheu para manifestar ao mundo o seu projeto
de salvação”.
“O
rei de Israel, portanto, deve buscar estar sempre em sintonia com Deus, em
atitude de escuta à Sua Palavra, para guiar o povo nos caminhos do Senhor, o
caminho da justiça e da paz. Mas o exemplo do Salomão é válido para cada
homem”.
O
Pontífice ressaltou que “Cada um de nós tem uma consciência para a qual ser, em
certo sentido, “rei”, isto é, para exercitar a grande dignidade humana de agir
segundo a reta consciência, fazendo o bem e evitando o mal”.
“A
consciência moral pressupõe a capacidade de escutar a voz da verdade, de ser
dócil às suas indicações. As pessoas chamadas a tarefas de governo têm, naturalmente,
uma responsabilidade a mais e, portanto – como ensina Salomão –, têm ainda mais
necessidade do auxílio de Deus. Mas cada um tem a própria parte a fazer, na
situação concreta em que se encontra”.
O
Papa assinalou também que “uma mentalidade errada sugere-nos pedir a Deus
coisas ou condições favoráveis; na realidade, a verdadeira qualidade da nossa vida
e da vida social depende da reta consciência de cada um, da capacidade de cada
um e de todos de reconhecer o bem, separando-o do mal, e de buscar
pacientemente concretizá-lo”.
“Peçamos,
por isso, o auxílio da Virgem Maria, Sede da Sabedoria. O seu
“coração” é perfeitamente “dócil” à vontade do Senhor. Embora sendo uma pessoa
humildade e simples, Maria é uma rainha aos olhos de Deus e, como tal, a
veneramos”, destacou Bento XVI.
Ao
final o Sumo Pontífice pediu que “a Virgem Santa
ajude também a nós a formarmos, com a graça de Deus, uma consciência sempre
aberta à verdade e sensível à justiça, para servir o Reino de Deus”.
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